segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Procrastinar.

Adiar, usar de delongas, espaçar.
É isso que eu tenho feito nos últimos anos, procrastinar. Deixo de lado e arranjo motivos e circunstâncias para não executar o trabalho dado, o compromisso assinado, e com a tinta da minha caneta.
Quando se acorda de toda essa não-ação você se vê parado no tempo, e tenta correr contra ele, achando que esta velho demais.
Eu adiei meu conhecimento, deixando de lado o meu próprio cérebro e hoje ele briga comigo, mal acostumado a não fazer nada...
Mas eu precisava adiar, eu precisava me conhecer, eu precisava me nocautear para saber o gosto doce de ser perdedor e o principal, saber me erguer após ter sentido essa dor e continuar a andar, mostrando a minha cicatriz de "eu venci".
Hoje eu sei que sou humano, hoje eu sei que posso amar e que consigo dar amor, hoje eu sei ver que me apaixono com gestos simples, e eu me apaixonei pela sua poesia.
Hoje aprendi o porque de ter compromisso e que a vida te exige ser comprometido com ela.
Chorei, verti sangue por todos os meus poros, estive cara a cara com o delírio, delirei. Aprendi o bom de ser louco, sendo normal, sendo são.
Hoje eu sou vivo, porque eu morri.
ps: Não foram três e ressuscitei não, esse feito deixei para o meu colega, jesus.

2 comentários:

  1. Nada é por acaso... tempo é traiçoeiro mas é sábio. Você precisava desse tempo de ausência de si mesmo pra poder entender sua existência por completo, sentir-te melhor. E olha o resultado: essa coisa lindíssima de se ler. (:

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